terça-feira, 20 de março de 2018

Drops programa Trocando em Miúdos Ep 2# Imunidade: este termo está na moda!




Hoje falaremos de Imunidade: que palavra interessante! 

O termo Imunidade vem de immunitas do latim  e por incrível que pareça ela não “nasceu como termo biológico relacionado à defesa à doenças de diversos organismos vivos, como nós e outros animais, mas sim da política! Os senadores romanos tinham o privilégio da imunidade quanto a serem processados legalmente, quando do exercício de seus mandatos, com objetivo de terem a liberdade e independência de apresentarem suas ideias e exercerem suas funções sem abusos de outras autoridades de outros poderes, como Executivo e Judiciário. Isto acontece até os dias de hoje em muitos países ditos democráticos.

Na Biologia, a palavra imunidade refere-se a capacidade inata e desenvolvida por nós e outros animais e mesmo plantas, para se defenderem de agentes infecciosos que podem causar doenças, mas não só isso. Com o desenvolvimento de uma imunidade equilibrada nosso organismo “aprende” a conviver com micro-organismos que constituem a microbiota ou microflora na nossa pele, mucosas como da boca, nariz e intestino, entre outras, além de aprender a reconhecer e não reagir como estranhos e agentes causadores de doenças os alimentos que ingerimos e os componentes que inalamos, por exemplo, em um mecanismo conhecido como tolerância imunológica. Este mecanismo, de uma maneira em geral é fundamental para a mãe gestante poder manter a gravidez tolerando o bebê em seu útero, uma vez que este é de certa forma, 50% parecido geneticamente com o pai e 50% parecido com a mãe (em relação ao HLA!). Mas isto veremos em alguns dos nossos próximos encontros. 


Texto apresentado na programação do Programa Trocando em Miúdos - Fundação Rádio e TV Educativa de Uberlândia, na forma de drops.

Drops programa Trocando em Miúdos: Ep 1 # Nosso incrível sistema imune: vamos começar essa viagem?


Nas próximas postagens iremos trazer temas diversos em Imunologia que foram  ou serão apresentados no programa Trocando em Miúdos, da Fundação Rádio e Tv Educativa de Uberlândia, na forma de drops, ou seja, pequenos áudios apresentados entre a programação.

Conhecer o sistema imune é importante para entender o processo saúde-doença nos pacientes, em nós e na comunidade. Este incrível sistema é composto basicamente por diversas células e moléculas que trabalham juntas, de forma altamente coordenada para manter nossa saúde. Entretanto, o sistema imune também pode causar doença ou ser responsável direto por permitir o seu desenvolvimento. Assim, algumas vezes ele pode trabalhar de forma exagerada, como nas alergias e doenças autoimunes. Em outras vezes, o SI pode ser “enganado”, como no caso de desenvolvimento de alguns tipos de câncer e em outras ele é o principal causador, como nas rejeições à transplantes. Ter um Sistema imune saudável depende de vários fatores, desde o que comemos, quanto dormimos, as doenças infecciosas que tivermos, o estresse que passamos, ou seja, vários fatores importantes  para a manutenção da saúde física e mental. É sobre este incrível sistema que iremos conversar. Sejam bem vindos e até o nosso próximo encontro. 

Texto apresentado na programação do Programa Trocando em Miúdos - Fundação Rádio e TV Educativa de Uberlândia, na forma de drops.

terça-feira, 4 de abril de 2017

O que acontece em nosso corpo quando somos vacinados?


O que acontece em nosso  corpo quando somos vacinados?

Material técnico divulgado pelo Ministério da Saúde: 

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 176 p. : il. ISBN 978-85-334-2164-6.



 


O que é o sistema sanguíneo ABO? Por que é importante conhece-lo? Este vídeo de um projeto PIBIC/FAPEMIG/UFU (edital 04/2015), irá abordar rapidamente sobre antígenos e anticorpos do sistema ABO. Esperamos que gostem!


Autoria: Shyrlene Mendonça e Mônica Sopelete



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Você já ouviu falar de toxina escombroide?





Você ouviu relatos de pessoas que tiveram manifestações clínicas semelhantes à alergia alimentar após consumo de pescado e que depois voltaram a consumir novamente o mesmo alimento e não tiveram nenhuma alteração clínica? Pode ser intoxicação pela toxina escombroide.


Essa toxina é uma aminas biogênica associada à intoxicação alimentar, em especial devido a formação de histamina e também as condições intrínsecas do pescado que favorecem a multiplicação de micro-organismos que são responsáveis pela formação da toxina escombroide. 



O tema de aminas biogênicas no pescado, em especial a toxina escombroide, infelizmente ainda é de desconhecimento por parte de muitos acadêmicos e profissionais das áreas de ciências biológicas e biomédicas, apesar de sua grande importância em diversas áreas do conhecimento humano, por se tratar de uma questão de saúde pública relacionada a alimentos. Parte desse desconhecimento é devido à falta de dados na literatura médica acerca da prevalência e incidência de casos ou da baixa notificação aos serviços de saúde. Mas isso não exclui sua importância em saúde pública.

Assim, com objetivo de divulgar sobre a toxina escombroide eu e a profa. Dra. Kênia Carrijo (Faculdade de Medicina Veterinária/UFU) montamos um portfólio educacional digital. Utilizamos e hospedamos o portfolio na plataforma Glogster. A vantagem do portfolio é permitir reflexão das práticas desenvolvidas no processo de ensino-aprendizagem e a organização do conhecimento acerca do tema. Espero que gostem e conheçam um pouco da toxina escombroide.



Veja em: http://immunomoni.edu.glogster.com/toxina-escombroide/

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Portfolio reflexivo sobre desenvolvimento de World Café para gestores do SUS


Olá Pessoal,


Estou retornando ao blog e com muitas novidades. Aos poucos postarei um pouco do que tenho feito na área de educação superior em Imunologia e em divulgação científica. Mas vamos por partes ...

Em janeiro de 2013 iniciei um curso de especialização em EaD na Universidade Aberta do Brasil (UAB) juntamente com a ENSP (Escola Nacional de Saúde Pública) e a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz) chamado Ativação de Processos de Mudança na Formação Superior de Profissionais de Saúde.

Meu primeiro desafio no encontro presencial em Salvador foi entender o SUS, mas baseando-me em metodologia ativa para a formação de meu conhecimento. Criticamente, montei um portfolio reflexivo sobre o SUS na forma de um Prezi. O processo me ajudou na formação desse conteúdo e deixo aqui para vocês o link do meu portfolio.


Ao voltar para nossas "aldeias" tínhamos o desafio de trabalharmos à distância um relato de prática  fictício, onde deveríamos desenvolver alternativas para que a equipe multidisciplinar de um hospital trabalha-se todas as faces do PNS (Plano Nacional de Saúde). Isso seria seria um grande desafio para os gestores do hospital, uma vez que eles relatam haver resistência de suas equipes em ver não somente a doença, mas o paciente como agente de sua saúde (física, emocional e social). Em minha síntese sugeri o World Café, um metodologia baseada na conversa entre grupos bem diversos em um ambiente aconchegante, buscando principalmente a inteligência coletiva e a participação motivacional de todos na resolução de problemas. O World Café é emocionante! Vale a pena conhecê-lo. Deixo aqui, a minha síntese na forma de um Prezi que montei sobre o World Café proposto para o Nosso Hospital. Espero que gostem e que os motivem a fazer World Cafés em suas aldeias. 

Grande abraço a todos!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Exossomos no leite materno?


Olá Pessoal,

Falando em divulgação científica não podemos deixar de comentar uma palavra um pouco diferente de nosso dicionário diário: Exossomos.



Mas o que serão exossomos? Será que eles estão presentes no leite materno humano? Quais suas funções? A palavra exossomos pode numa primeira leitura causar alguma estranheza ao leitor. Mas aos poucos, técnicos, acadêmicos e leigos estão entrando em contato com artigos científicos que relatam a importância desse componente.

Exossomos são nanovesículas limitadas por uma membrana derivada de endossomos. Uma grande diversidade de células é capaz de secretar essas nanovesículas. Muitos estudos têm demonstrado que elas carregam em seu interior vários componentes com funções imunes importantes, como moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade, também conhecido como MHC, de classes um e dois, entre muitos outros.

Charlotte Admyre e colaboradores publicaram em 2007 um artigo que demonstra a presença de exossomos no leite materno humano. Em uma análise funcional, os autores observaram que várias moléculas estavam associadas ao exossomos no leite materno e que esses eram capazes de inibir, em cultura de células estimuladas com anti-CD3 a produção da interleucina 2 (IL-2) e de Interferon gama.

Qual o real papel dos exossomos presentes no leite materno humano em relação ao desenvolvimento do organismo do lactente? Ainda não se sabe exatamente suas funções, mas o artigo publicado por Admyre em 2007 é um bom começo para se entender um pouco mais sobre os exossomos. O artigo de Admyre pode ser resumidamente visualizado e ouvido na adaptação feita pelo Imunocast, mais precisamente no episódio 3 da série "A ciência diz" (http://imunocastufu.blogspot.com.br/2012/07/a-ciencia-diz-episodio-3.html.

Abraços e até a próxima