Hoje falaremos de Imunidade: que
palavra interessante!
O termo Imunidade vem de immunitas do latim e por incrível que pareça ela não “nasceu
como termo biológico relacionado à defesa à doenças de diversos organismos
vivos, como nós e outros animais, mas sim da política! Os senadores romanos
tinham o privilégio da imunidade quanto a serem processados legalmente, quando
do exercício de seus mandatos, com objetivo de terem a liberdade e
independência de apresentarem suas ideias e exercerem suas funções sem abusos
de outras autoridades de outros poderes, como Executivo e Judiciário. Isto
acontece até os dias de hoje em muitos países ditos democráticos.
Na
Biologia, a palavra imunidade refere-se a capacidade inata e desenvolvida por
nós e outros animais e mesmo plantas, para se defenderem de agentes infecciosos
que podem causar doenças, mas não só isso. Com o desenvolvimento de uma
imunidade equilibrada nosso organismo “aprende” a conviver com micro-organismos
que constituem a microbiota ou microflora na nossa pele, mucosas como da boca,
nariz e intestino, entre outras, além de aprender a reconhecer e não reagir
como estranhos e agentes causadores de doenças os alimentos que ingerimos e os
componentes que inalamos, por exemplo, em um mecanismo conhecido como
tolerância imunológica. Este mecanismo, de uma maneira em geral é fundamental
para a mãe gestante poder manter a gravidez tolerando o bebê em seu útero, uma
vez que este é de certa forma, 50% parecido geneticamente com o pai e 50%
parecido com a mãe (em relação ao HLA!). Mas isto veremos em alguns dos nossos próximos encontros.
Texto apresentado na programação do Programa Trocando em Miúdos - Fundação Rádio e TV Educativa de Uberlândia, na forma de drops.